Nos últimos dias, a Colômbia viveu uma escalada significativa de violência ligada ao conflito com grupos insurgentes enquanto protestos contra o aumento da presença militar estrangeira se intensificaram. Durante um “greve armada” promovida pelo ELN, dois policiais foram mortos por uma bomba, e ataques adicionais foram registrados em diferentes municípios. A situação ampliou as preocupações sobre a estabilidade interna e o futuro das negociações com o governo, que estão suspensas após repetidas rupturas de confiança entre as partes.
Paralelamente, o governo dos Estados Unidos designou o grupo Clan del Golfo (AGC) como uma organização terrorista global, em uma ação inédita que eleva ainda mais as tensões diplomáticas com Bogotá. A decisão, anunciada no dia 16 de dezembro, expande o esforço americano de pressionar o tráfico de drogas e grupos armados, abrindo potencial para maior intervenção e financiamento de operações conjuntas. A medida também tem repercussões diretas na cooperação bilateral em segurança, que já vinha fragilizada por diferenças de política antidrogas.
Essa intensificação representa um momento crítico nas relações entre Estados Unidos e Colômbia, com impacto potencial na política interna latino-americana. A designação do AGC como terrorista não apenas reforça a postura dura do governo americano na luta contra o narcotráfico, mas também ressoa com críticas de setores que veem as ações como escalada de militarização na região. A resposta política e social dentro da Colômbia — e a postura que o governo local adotará frente a essas pressões externas — seguirá sendo um ponto de atenção global.